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Usado para adoçar sucos, frutas, iogurtes, sobremesas e drinks, o mel de cacau é doce como o mel de abelha, mas menos conhecido. E, sempre com o objetivo de divulgar o que o Brasil tem de bom, o chef paraibano Onildo Rocha, à frente do Espaço Priceless, em São Paulo, foi conhecer o mel de cacau produzido na Fazenda Leolinda, em Uruçuca, no sul da Bahia, região onde o cultivo do fruto é feito há cerca de 300 anos. Com tanta história, hoje quem cuida da produção é João Dias Tavares Bisneto, da terceira geração da família nessa lavoura. 

Em sua expedição para criar a temporada Matas & Mares, do restaurante Notiê (o Espaço Priceless também abriga o Abaru), Onildo viu a fazenda onde mais de 30 famílias se beneficiam do trabalho na terra e onde são cultivadas mais de 250 variedades de cacau. Em uma conversa descontraída com João, descobriu curiosidades sobre o sistema de plantio de cacau chamado de cabruca, que consiste em cultivar o cacau na sombra das árvores da Mata Atlântica, a homenageada da temporada Matas & Mares.

“Tem luminosidade, sombreado e alta umidade”, explica João. Tudo em equilíbrio com a floresta, como ele conta. Aliás, segundo ele, o cacau, que é nativo da Amazônia, é um dos cultivos que mais preserva a Mata Atlântica.

Para extrair o mel da polpa do cacau, o processo é todo manual e tudo do fruto se aproveita. Os processos são tão cuidadosos que o cacau produzido por João é requisitado por chocolateiros europeus, como o francês Alain Ducasse, um dos principais chefs da atualidade. Já o mel você pode provar no menu de 11 tempos do Notiê – ele aparece ao lado da carne de porco e brodo.

Assista ao episódio da temporada Matas & Mares sobre mel de cacau