A sensação de maravilhamento. É isso que quem vai ao Espaço Priceless, no centro de São Paulo, pode esperar ao entrar no local. Isso mesmo: antes de provar as criações gastronômicas do chef Onildo Rocha para os restaurantes Notiê e Abaru, o visitante já se sente imerso na experiência só de olhar ao redor.
Isso porque o Priceless foi pensado para ser um complexo de experiências multissensoriais, e parte dessa missão foi realizada por por Patrícia Sobral, proprietária do estúdio de criação Paluana, responsável pela ambientação e instalações artísticas do projeto, como o teto do Notiê, uma atração à parte a cada temporada – e não poderia ser diferente agora, na Matas & Mares. A seguir, confira um bate-papo com ela.
O que você quis trazer com o projeto do Espaço Priceless, considerando desde o pórtico no subsolo até o teto do Notiê?
A arte como elemento condutor, considerando que a Mastercard queria um projeto que representasse o conceito Priceless, que fala daquilo que não tem preço. Foi assim que determinei que o projeto precisava gerar o inesperado, o que ainda não havia sido visto. Aquilo que nos faz parar e respirar fundo. Enfim, aquilo que, de alguma forma, nos encanta. Assim nasceram as instalações do Espaço Priceless: Fluxos, Intercessões, Jardins, Terraço Botama e o teto do Notiê
Como o teto do Notiê foi pensado para a terceira temporada, Matas & Mares?
Imaginei o teto como uma homenagear a essa floresta, um reconhecimento de sua importância para a biodiversidade e para o equilíbrio ambiental. Queria instigar uma conexão emocional com essa natureza, tocar a sua essência.
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Patricia Sobral, que criou a ambientação do Espaço Priceless
Como foi intitulado o novo teto e por quê?
Ele foi criado a partir da metáfora de um imenso caleidoscópio, onde cada olhar revela uma nova composição de cores, formas e texturas. Da mesma forma que acontece com a Mata Atlântica e suas copas verdes que abrigam inúmeras espécies de fauna e flora, um verdadeiro santuário da vida. Ela é um espetáculo em constante mutação, onde tudo que habita nela se funde em uma bela e infinita sinfonia. Assim, o nome escolhido para o teto foi Caleidoscópio.
Quando a gente fala da arquitetura, o que quem vai ao Espaço Priceless pode esperar?
A sensação de maravilhamento. Como o prédio é tombado, preservamos a sua arquitetura original e optamos por trazer um espaço conceitual, totalmente cenográfico. Seus ambientes são independentes e se conectam através das instalações, surpreendendo quem nos visita.
As instalações do Espaço Priceless:
- FLUXOS – “É uma escultura penetrável que possibilita uma relação física direta entre o público e a arte, encorajando os visitantes a explorar o espaço passando por seu interior. A disposição dos tubos verticais cria movimentos e dinamismo à instalação.”
- INTERCESSÕES – “É uma instalação formada pelo entrelaçamento de círculos suspensos por finas linhas transparentes. Essa forma de arte tridimensional permite a exploração criativa das propriedades únicas do círculo, como sua simbologia e perfeição geométrica.”
- JARDINS – “Uma composição tridimensional de hastes verticais que emergem do solo e se transformam em folhas e caules. Inspirada na natureza, ela transmite a importância da sustentabilidade e a relação simbiótica entre o homem e a natureza.”
- TETO DO NOTIÊ – “Ele foi consequência da energia que o projeto foi gerando ao longo do seu desenvolvimento, abrindo as portas para o inusitado. Tínhamos um espaço longo e estreito, com graves dificuldades de implantação, foi aí que olhei para cima e vi a possibilidade de criar um céu com suas infinitas transformações.”
- TERRAÇO BOTAMA – “Uma homenagem a Burle Marx, que em seu trabalho se inspirou na diversidade natural do Brasil. A instalação de um longo elemento de concreto foi usada como mobiliário. Com sua forma sinuosa, ele convida as pessoas ao mesmo tempo em que abraça o paisagismo.”